Circula por mim uma criatura adorável:
às vezes imploro sua atenção e ela não me dá
não entende o chamado o achado que eu tenho em mãos.
Ela é múltipla dois pontos
Helga dos Santos,
Jullia Bitencurt,
Beta Má.
Muito má.
Muito água
porque consegue carregar meus medos em sua imensa sensação de consciência.
É linda.
É bela.
E permite que aqueles desqualificados pela vida transitem entre seus modos e medos.
Prometeu que eu seria desacorrentado através da música eletrônica
e até hoje o meu fígado continua sendo consumido pela porcaria acústica que ronda as ondas.
Tenho em mim que preciso dormir muito para poder entendê-la.
Acordar não adianta,
ela está além de qualquer estado de consciência,
ela está além de qualquer sensação de consciência.
Hei de fazer yoga com Helga
e se não der
continuarei fazendo palavras
numa tentativa espúria de dizê-la.
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